No quarto semestre de faculdade (eu acho), tive uma matéria chamada Psicologia da Educação. Fiz obrigada (meu curso é de licenciatura), a professora era uma psicóloga muito maluquinha... Ela já era uma senhora de uns 60 anos, mas super moderna, antenada. No primeiro dia de aula, se apresentado, para depois ouvir sobre cada aluno, ela usou esse termo: irmãe! Foi a primeira vez que ouvi isso. Havia perdido minha mãe há 2 meses ( hoje são 2 anos) e aquilo me tocou fundo!
Eu era tão diferente daquela professora, mas ao mesmo tempo estava me sentido igual a tudo o que ela descrevia enquanto falava de sua vida de irmãe. Seu irmão já era um homem adulto, mas envolvido em drogas, morava com ela e dependia dela. Minha irmã não é assim. Mora com meu pai e na medida do possível é uma jovem independente. A semelhança que me martelava o peito em cada palavra que aquela professora falava, era a da sensação de responsabilidade por essa irmã que agora tá sem mãe. Eu também estou, mas essa coisa de ser mais velha parece pesou mil toneladas. As pessoas falam ´´Pelo menos você tem o Léo né?! (Léo é o marido) ´´Tadinha dela, vai se sentir tão só!´´. Gente! Pelo amor de Deus! Desde quando marido substitui mãe??? O buraco imenso de perda que ela sente é exatamente o mesmo que eu... Com suas diferenças, é claro, porque não somos iguais, mas não há marido, filho, amigo, pai ou qualquer coisa que substitua! Só quem vive é que sabe como é...
Não quero fazer drama, nem ficar me lamentando, minha mãe era muito mais que isso! Contando tudo, só que quero que entendam que, com o rumo que a vida tomou, me sinto responsável por ela e a amo mais, muito mais do que quando o ciúme pela atenção de nossa mãe é que falava mais alto...
Será que quando eu for mãe, de verdade, vou entender de verdade o que passava pela cabeça da minha em vários momentos em que eu não concordei com ela? Só como irmãe eu já entendi muita coisa...
Dois anos se passaram, como já disse. As coisas se acalmaram um pouco mais. Minhã irmã está mais velha, mais decidida, e mais acostumada com a ideia de ter que tocar a vida com autonomia, sem ter os mais preciosos conselhos, mas está bem! E eu? Muito mais maternal, paciente, emotiva, preocupada, responsável, observadora, cuidadosa... Enfim...
Minha irmã mora comigo, no mesmo quintal, digamos assim rs.... E as coisas vão indo bem!
Se tudo isso me despertou pra maternidade? SIIMMM
Se meu bebê vem logo? Não sei, não depende só da minha vontade, mas que tô planejando tudo pra que seja o mais rápido possível, isso eu tô é com muita determinação!
Isso é um pouco da vida dessa Marina aqui... Beijinhos
Suas palavras me emocionaram, vejo o sofrimento da minha mãe que perdeu a mãe dela (minha amada vovó) e percebo que por mais que eu me desdobre para fazê-la feliz,nada pode substituir. Vejo o amor de Deus na sua vida sabia? Pois de um acontecimento tão dolorido você abriu seu coração para a maternidade, que bom... Eu lembro como você era e vejo o milagre. Tô adorando seu blog, continua... rs
ResponderExcluirObrigada Amandinha! Sei que Deus conduz as coisas da melhor forma e até aqui estamos aprendendo muito! Vou continuar sim... Logo logo atualizo o babado! Rsrs beijinhos
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